Tomada de devoção de um
resignado, maltrapilho amor
sendo poeira, sendo nada.
abraçando a voz sozinha
que se agarra no que é só um possível
cercada de olhos que julgam desumano
amar tanto.
quando o amor compartilhado
neste mundo
é herói de um equilíbrio
de um viver exato
primoroso.
mas a coragem de uma fusão amorosa
que não espera,
não se alimenta do que se corresponde
só vontade
só é vontade.
que a poeta fez caber
no que não se cabe.
"É uma espécie de exercício do não-dizer, mas que nos dilata de beleza quando acabamos de ler um poema." (Hilda Hilst)
3 comentários:
Menina, Hilda Hist te fez bem mesmo, hein...
(Sempre empolgado com os passos dessa menina com as letras)
Bravo!!Bravíssimo!!Um poema realmente escrito com P maiúsculo!!!
Abraços,EVOÉ!!
taí.. gostei!
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