Se um amontoado de folhas rabiscadas cairem,foi porque o tempo passou.
Eu!
Daquela porta que emperra toda vez que a gente coloca a mão nela, a Tonta senta na varanda e fica olhando um monte de gente engolindo um monte de gente.
Aí ela coloca a mão na cabeça e aperta para virar uma lagartixa. Ela quer caber na boca do passarinho.
Lagarteando...
lagarteando...
Concentrando
e emperrando no mesmo corpo cheio de órgãos.
Eu falo: Posso até emprestar um espelho para ela. Mas tadinha da Tonta, pensa que muda.
Fico muda! Vai que ela consegue...
Eu vou ficar com a cara inchada de tanta vergonha de desacreditar nela..
Volta para a Tonta...
Ela disse: Varanda não. Quero morar dentro de uma laranja!
Abre a porta da laranja que sai um São vazio.
Eu falo: Eu já me perguntei se era geladinho morar em um tomate.
Abre a porta do tomate que sai um São cheinho.
A Tonta pulou em um tomate que quica, me amassou e abriu a tampa da laranja.
E eu nem precisava de um espelho para mostrar a ela tudo que aconteceu.
Ela virou lagartixa.
E eu? Uma acreditada no extraordinário.
3 comentários:
Li a primeira frase, não sei se é poesia e ainda li errado. Mas, como poesia -- se fosse como eu li -- acho que ficaria muito bonito o verso "Sou um amontoado de folhas rabiscadas caindo".
Não entendi muito o conto, e nem o quis entender, por que gostei.
Lembrei de um desejo... Como a última vontade de criança... Era tão doce e calorosa... A sua parte do quebra-cabeça parecia infinitamente exterior e flexível... Mas, ainda estáva ligado ao superioridade... Um doce inocênte... Prefiro transbordar esse desejo no agora... Doar minha vontade em palavras malditas!
Ahhhh, emocionado! Quero mais :D
Beijoss
CARALHO!
Agora fudeu! Vrou(era pra ser virou, mas fiquei impressionado, deixa errado como símbolo disso): Virou gênio agora, porra? Que parada mais forsda!
(olhos arregalados de um menino impressionado)
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