24 março 2006

fala então,porra! Exploda!

Não falo sobre o que não entendo
abro a boca para os sapos
falo com a gente como falo com a minha meleca
me arrependo do que não disse.


Abro as mãos para o horizonte
fecho os dedos para os intocáveis
digo nunca mais sem certeza
deixo o braço só de lembrança
porque nunca se sabe quando vai chegar...

Um moinho de vento para espalhar as sementes.





2 comentários:

O empírico disse...

É impressão minha ou até os espaços vazios do texto significam algo??

Muito belo mesmo isso!!!
Foda!

Moreno B. disse...

Fecha a tua volta como nuvem
Já pensaste na ordem da tua alforria?
Podes imprimir a experiência de dor em beleza?
Sim, era assim que faziam os altivos
Lembravam de quando em vez da mediocridade para sentirem medíocres
E riam, por serem francos exarcebados
Mas, ao findo, sobraram apenas fragmentos
Hoje pouco se entende de beleza
Pouco se prova de paixões
Menos ainda, há inexistência do deleite de entender o sentido de dor
Fazem humanos feitos vasos
...
Deseje o desejo... A ode contundente dos obstinados
Como todos os que provaram do vinho carmim
Bebem sangue em experiência
E superam a arte da realidade.