12 julho 2006

Dentro do silêncio

Quando não é necessário dizer, porque não temos o que dizer.
Como numa caixa de palavras que a gente solta, todas já estavam fora da caixa.
Foi um rompimento no silêncio.
O mundo é grande, eu vou andar de bicicleta prá chegar no fim.

No último tempo, escudos foram montados aos poucos, abrindo espaço entre mim e você.
Eu não reconheço o mundo quando o movimento das mudanças é rápido demais.
Encontro ele de novo, num abraço de um amigo, no riso despreparado, no cotidiano...

É, eu tô com o buraco na barriga, abrindo mais em movimentos bruscos.
Estava costurado como minha mãe costura minha bainha.
Mas agora rompe, com os pedaços das lembranças. Elas sempre vão.

Um comentário:

Seria eu disse...

o movimento brusco das mudanças sempre me assusta também, depois passa um tempo e o mundo da gente deixa de estar embaçado...

aí a gente encontra novas perspectivas!!!
E tudo que é novo é bom!

E o buraco na barriga a gente cura com amigos, passeios, comida, etc,etc.