24 janeiro 2007

Finita língua.

Nas desmedidas vidas do meu silêncio
que demora faz uma palavra.
que falta não faz uma palavra.

Os ditos do corpo não aprenderam a falar.

Mas ainda sim, o homem perturba.
arranca de um peito batido no chão
a evidência de uma existência para lá da natureza.

Ah, se soubessem que pegar sentidos não é coisa de lingua...

Pisam em gancho de pegar peixe, toda vez que tentam nas letras, encontrar grandeza em vida feita de chão.

Ah, meu amor, eu te amo.
E ainda que eu seja humana, demente diante da minha condição de silêncio perturbante,
Eu insisto em dizer
que não cabe em mim esse sentido todo.

2 comentários:

O empírico disse...

Finita língua,
Infindo Coração,

Lindo texto.

Rebeca dos Anjos disse...

Às vezes as palavras não saem justamente porque os sentidos explodem!

Lindo texto!

Beijos!