20 dezembro 2007

boliviano

Esse vulcão que é a cor de pele
do índio que espalha o vermelho
no lugar das pratas apanhadas.

Mas que força tem o duro potosiano
diante da vida aberta aos montes
acendendo rios de força e montanhas?

O portão do sol
toma cuidado
vem lento
soltar os murmúrios.

Para abraçar um todo
todo povo crescido junto
não sendo irmão
mas sendo tudo, sendo a mistura
que transborda o sol latinado
embriagado do vermelho-moreno.

em montanha
em rio
em llama
em homem.

Um comentário:

Rebeca dos Anjos disse...

Engraçado como uma nação com sua história pode apaixonar pessoas. Eu admiro, de certa forma, a postura ofensiva desse povo.

E até acho que nós, brasileiros, poderíamos mesmo aprender um pouco com eles. Apesar de também achar que eles deveriam aprender muito conosco.

Ficou lindo o poema!

Beijo!i